quarta-feira, 8 de abril de 2009

UMA VERDADEIRA E BELA AMIZADE..... O QUE É PRECISO, PARA TÊ-LA?


Há alguns dias atrás, não sei precisar o dia exato, estava lendo em um Jornal de circulação pequena em minha cidade, chamado JORNAL CIRCULANDO, e ao ler uma história, me fez refletir muito sobre o verdadeirovalor da amizade...


Ele não passava de um garotinho levado. Adorava pendurar-se nos galhos das árvores para se balançar. Vivia com os cabelos ao vento e os pés descalços. Tinha uma alma doce, toda amor. Chamava-se GUILHERME AUGUSTO ARAÚJO FERNANDES e morava ao lado de um asilo de idosos.

Ele conhecia todos os que moravam lá. E gostava de cada um deles de uma maneira especial. Gostava da sra. Silvano que tocava piano. E do sr. Cervantes que sempre lhe contava histórias arrepiantes. Também do sr. Waldemar que andava de um lado a outro com um remo, como se houvesse um lago por perto, para remar. Ajudava a Sra. Mandala a ir de um lada para outro, apoiada em sua bengala. E admirava o Sr. Possante com sua voz de gigante.

Mas a pessoa de quem ele mais gostava era a sra. Antônia Maria Diniz Cordeiro. É que ela tinha quatro nomes, como ele; ele a chamava de Dona Antônia e lhe contava todos os seus segredos.
Um dia, Guilherme Augusto ouviu seus pais conversarem a respeito de sua amiga. E entre uma frase e outra, descobriu que dona Antônia tinha perdido a memória. A mãe comentou que não era de admirar; afinal, ela estava com 96 anos de idade!

Guilherme quis saber o que era a memória e o pai lhe disse que era alguma coisa da qual a pessoa se lembra; a resposta não satisfez o menino, que foi perguntar para a sra. Silvano.

*É algo quente*, meu filho, *muito quente*, foi a resposta.

O Sr. Cervantes lhe disse que era uma coisa muito, muito antiga. E o Sr. Waldemar informou que era uma cois que fazia chorar, chorar muito. Para a sra. Mandala, era uma coisa que fazia rir, rir bastante; já o sr. Possante lhe disse que a memória era alguma coisa que valia ouro.

Então o garoto foi para sua casa e começou a procurar memórias para dona Antônia, já que ela havia perdido as suas; procurou uma caixa de sapatos cheia de conchas, guardadas há muito tempo, e as colocou numa cesta; também colocou uma marionete e a medalha de ouro que seu avô lhe tinha dado um dia; também para a cesta foi a sua bola de futebol, que valia ouro; e até um ovo fresquinho, ainda quente, retirado debaixo da galinha.

Aí Guilherme Augusto foi visitar dona Antônia e deu a ela, uma a uma, cada coisa da sua cesta. Ela ficou emocionada com os presentes daquela criança admirável; e começou a se lembrar.
Segurou o ovo ainda quente, entre suas mãos, e contou para o menino sobre um ovinho azul, todo pintado, que havia encontrado uma vez, dentro de um ninho, no jardim da casa de sua tia; encostou uma das conchas no ouvido e lembrou da vez que tinha ido à praia de bonde, há muito tempo, e como sentira calor com suas botas de amarrar; pegou nas mãos a medalha e recordou, com tristeza, de seu irmão mais velho, que tinha ido para a guerra, e nunca mais voltou; sorriu para a marionete e lembrou da vez em que mostrara uma para sua irmãzinha, que rira às gargalhadas; conseguia lembrar até do detalhe do mingau escorrendo pela boca risonha da menina; Ela jogou a bola de futebol para Guilherme e lembrou do dia em que se conheceram e recordou de todos os segredos que haviam compartilhado.

Guilherme Augusto e dona Antônia sorriram e sorriram, pois toda a memória perdida tinha sido encontrada; e por um menino que nem era tão sábio, nem tão velho.
Era simplesmente um menino que amava os idosos e sabia ser *AMIGO*; para se brindar alguém com alegria, não há necessidade de somas exageradas de dinheiro, nem de dotes especiais.

Para fazer feliz a vida de alguém é suficiente uma DOSE DE TEMPO, UMA PITADA DE AMOR E UM POUQUINHO DE IMAGINAÇÃO.


EM RESUMO: UMA BELA AMIZADE!!!!


AMIZADES, EM CRISTO...... QUE EU SAIBA SEMPRE CONSERVÁ-LAS! JESUS, ME ENSINE, A VER A FIDELIDADE E LEALDADE EM UM VERDADEIRO AMIGO!!!!

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